Hipófise para estímulo da desova em peixes ornamentais

O uso de hormônios para estimular a desova em peixes é uma prática antiga. Os primeiros trabalhos foram realizados em 1935

Algumas das práticas de uso de hormônio para desova consistiam na implantação da hipófise de um peixe preparado para a desova em outro peixe, cujos óvulos estavam imaturos, outras na aplicação de uma ou diversas doses crescentes de extrato de hipófises de peixes ou de suínos.

A técnica mais utilizada e que apresenta os melhores resultados para peixes reofílicos é o uso de duas doses. A primeira dose é chamada de preparatória. Após um período de 8 a 14 horas, aplica-se outra dose, esta mais elevada e chamada de definitiva.

“Atualmente, são utilizados para a indução hormonal a hipófise de carpa de corte, pois, quanto à ornamental, é melhor vender o peixe vivo em função de seu valor de mercado, ou curimba, hormônios sintéticos e hormônios humanos”, explica Manuel Vazquez, Professor do Curso CPT Produção de Peixes Ornamentais.

As hipófises para uso neste processo devem ser provenientes de peixes em fase de pré-desova, ou seja, de peixes que estão já completamente maduros.

A carpa é um peixe que completa sua maturação, e inclusive desova, em água parada. Assim, pode-se extrair sua hipófise na fase de pré-desova, quando a concentração de hormônios é mais elevada. A hipófise de curimã deve ser retirada de animais na piracema, e isso é proibido, necessitando-se de licença especial do IBAMA.

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Por Daniela Guimarães