O professor do Curso CPT Criação de Peixes – Como Implantar uma Piscicultura, Giovanni Resende de Oliveira, destaca que os números apresentados pela piscicultura nos últimos anos têm comprovado a importância dessa atividade e suas ramificações para o nosso país, o que a torna promissora.
Dada a expressividade da atividade, os produtores que resolvem investir nela precisam estar cientes de que todo o cuidado é pouco para garantir que os peixes apresentem boa saúde. Quando a sanidade é comprometida, toda a cadeia produtiva sofre e o resultado para o bolso do piscicultor pode ser desastroso.
Nesse contexto, apresentamos algumas medidas gerais que podem ser aplicadas em diferentes sistemas para garantir a sanidade durante a criação de peixes:
Veículos
Nas propriedades produtoras, é comum que veículos de transporte e até mesmo automóveis de uso pessoal circulem diariamente. Para evitar que transmitam agentes patógenos – eventualmente aderidos à superfície deles – nos locais de criação, recomenda-se estabelecer uma barreira sanitária, controlando o acesso para que seja possível higienizá-los.
Visitantes
Assim como os veículos, pessoas também possuem potencial para carregar microrganismos nocivos e transmiti-los aos tanques de criação. Técnicos, trabalhadores e outros profissionais que circulam na propriedade demandam controle e, sempre que possível, devem ter o acesso restringido. Igualmente, barreiras sanitárias instaladas em pontos estratégicos se configuram como uma boa estratégia para desinfetar pés, mãos e roupas antes de adentrar à área de produção.
Peixes doentes e/ou mortos
Regularmente, os tanques precisam ser fiscalizados para que animais mortos e/ou doentes sejam removidos das unidades produtivas. Quando estes são mantidos junto aos peixes saudáveis, evidentemente há grande risco de transmissão das enfermidades e de queda na qualidade da água, o que também acarreta adoecimento.
Alimentação
Pouca gente associa o fornecimento de uma alimentação adequada é um dos principais fatores para garantir uma boa saúde aos peixes. Quando alimentados corretamente, recebendo os nutrientes necessários de forma balanceada, esses animais se tornam menos suscetíveis a enfermidades.
Roupas
Para manejar os peixes, existem vestimentas que garantem a proteção dos funcionários e a saúde dos peixes. Para transitar entre as áreas de criação, os EPIs utilizados precisam conter o número do Certificado de Aprovação. São exemplos desses EPIs macacões, calças, jardineiras impermeáveis, botas de borracha e óculos de proteção.
Setorização
Dividir os colaboradores e os equipamentos em setores – de acordo com a fase de criação animal – é uma estratégia eficiente para evitar que haja a disseminação de doenças. Em propriedades menores, quando essa ação não for possível, deve-se capacitar todos os profissionais envolvidos para que estejam cientes das vias de transmissão quando há compartilhamento de funcionários e equipamentos.
Capacitação
Atrelado ao tópico anterior, este determina que é crucial realizar capacitações (regulares e com todos as pessoas que estejam envolvidas na criação dos peixes) relacionadas a boas práticas de manejo, higienização de instalações e equipamentos, dentre outros pontos importantes.
Qualidade da água
Mencionada anteriormente, a qualidade da água é determinante no estabelecimento de boa saúde para os peixes, pois, quando seus parâmetros físicos e químicos são comprometidos, os organismos que vivem nelas são diretamente afetados.
Conheça os Cursos CPT da Área Criação de Peixes:
Criação de Peixes – Como Implantar uma Piscicultura
Nutrição e Alimentação de Peixes
Produção de Alevinos
Fonte: Peixe BR – Associação Brasileira da Piscicultura – peixebr.com.br
por Renato Rodrigues