Como funciona a piscicultura semi-intensiva?

O sistema semi-intensivo apresenta diversas vantagens em relação aos outros, a exemplo do policultivo

Peixe - imagem meramente ilustrativa

Giovanni Resende de Oliveira, professor do Curso CPT Criação de Peixes – Como Implantar uma Piscicultura, ressalta que é necessário aprender a implantar uma piscicultura a partir dos sistemas de criação existentes, o que levarão produtor a obter resultados e, consequentemente, alta rentabilidade.

São quatro os principais sistemas de criação de peixes:

- O sistema intensivo, quando os peixes são criados em lagos ou represas até que sejam capturados para a comercialização;
- O intensivo, realizado a partir de estruturas – tanques ou caixas, por exemplo –, que visa a maior lucratividade;
- O superintensivo, com densidade de povoamento ainda maior do que a do sistema intensivo, obtendo-se alta concentração de peixes;
- E o semi-intensivo, desenvolvido em viveiros ou barramentos, com fornecimento de alimentação para os peixes.

Com relação ao último, é possível destacar que esse sistema tem se expandido em todo o país nos últimos anos, por apresentar, dentre outros motivos, facilidade de manejo e rápido retorno do investimento do piscicultor. Destaca-se, ainda, que ele permite a criação de várias espécies, diversificando a produção.

No entanto, como o sistema semi-intensivo funciona?

Piscicultores brasileiros têm investido cada vez mais na criação semi-intensiva de peixes. Como mencionado, esse sistema utiliza tanques ou viveiros escavados e torna a produção diversificada, dado que a criação de espécies diferentes é possível. Além da alimentação natural obtida pelos peixes no próprio viveiro, eles ainda recebem ração industrial, o que potencializa a nutrição desses animais.

Vale destacar que a saúde dos peixes deve ser uma das preocupações dos produtores, evitando que eles liberem substâncias tóxicas na água, a partir da combinação de adubos orgânicos e químicos. O tambaqui, a pirapitinga e o matrinxã são algumas das principais espécies criadas no sistema semi-intensivo.

Enumera-se, para mais, como benefício desse sistema a não contaminação das águas, pois ele, inclusive, atua na purificação delas. Logo, meio ambiente e produtor saem ganhando. Todavia, deve-se escolher espécies que sejam adequadas ao clima e, também, pelas quais haja demanda no mercado consumidor.

Diferenças do sistema semi-intensivo para os outros

A principal diferença do sistema semi-intensivo em relação aos outros é o fornecimento combinado de alimentos – vivos, obtidos no tanque, e industrializados. Essa combinação tem início na fase da alevinagem e só termina quando os peixes são comercializados.

Enquanto o sistema extensivo, por não haver controle ou monitoramento dos locais de produção, é mais voltado à subsistência e à pesca, o intensivo tem como principal objetivo a alta produtividade. Nesse prisma, a sustentabilidade e a autonomia sobre a alimentação dos peixes são os diferenciais do sistema semi-intensivo.

Tecnologias

As tecnologias empregadas nesse sistema são, geralmente, acessíveis e de fácil utilização. Por exemplo, a ração fornecida aos peixes pode ser produzida na propriedade, o que torna a criação ainda menos onerosa. Com o policultivo, a combinação de espécies secundárias e principais é uma das formas de se obter maior rentabilidade com a atividade.

A piscicultura semi-intensiva

A piscicultura semi-intensiva apresenta inúmeras vantagens, especialmente para propriedades de menor porte. O ciclo de produção costuma ser menor e os peixes atingem ponto de comercialização precocemente. Por utilizar tanques ou viveiros escavados, o custo de implementação também é menor.

Há a necessidade de manutenção constante dos peixes, isto é, despesca e consequente introdução de novos animais. Porém, isso não gera custos elevados à produção de peixes. Portanto, diante desses fatos, fica fácil perceber porque é vantajoso apostar no sistema semi-intensivo.

 


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Fonte: Blog Sansuy – blog.sansuy.com.br
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 17-11-2021

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