Você sabe o que é sistema extensivo na piscicultura?

Conheceremos as características dos sistemas de produção de peixes, abordando seus pontos fortes e limitações

As diferenças principais entre os tipos de sistemas de cultivo incluem instalações básicas, densidades de cultivo, produtividade, tipo de alimento, estratégia de alimentação e manejo geral adotado, explica o Profº Giovanni Resende do Curso CPT Nutrição e Alimentação de Peixes.

À medida que o nível de intervenção humana no controle dos parâmetros de produção aumenta, o sistema de cultivo se torna mais intensivo, variando do nível mais baixo de controle (extensivo) ao mais alto (superintensivo).

Os sistemas extensivos são considerados uma técnica rudimentar de criação artificial de peixes devido à sua semelhança com o ambiente natural desses animais. Eles são de baixo custo de implantação e não envolvem manejo adequado nem uso de insumos, como ração artificial comercial, para alimentar os peixes.

Nos sistemas extensivos, os peixes são alimentados com subprodutos agrícolas ou alimentos naturais. A piscicultura extensiva é também conhecida como piscicultura de "fundo de quintal" devido ao seu caráter amador. Esses sistemas são geralmente adotados por pequenos produtores para subsistência e são instalados em represas e açudes. Em algumas situações, quando praticados em grandes reservatórios em pequena escala, os peixes são introduzidos como alevinos de espécies nativas ou introduzidas, como tilápias e carpas.

Na maioria dos casos, a produção de pescado desses sistemas é destinada ao consumo das próprias famílias ou para fins de recreação, como a pesca artesanal nos fins de semana.

No geral, nesse sistema, é comum empregar a técnica de policultivo, que consiste no cultivo simultâneo de várias espécies de peixes, tanto machos quanto fêmeas, em um mesmo ambiente.

As espécies mais cultivadas no sistema extensivo incluem tilápias, lambaris, surubim, carpas, pacu, tambaqui, tambacu, matrinxã, curimbatá e piau. Uma vantagem significativa do policultivo é o aproveitamento quase total dos alimentos fornecidos aos peixes, o que evita o acúmulo de sobras e ajuda a manter os níveis de oxigênio na água mais elevados.


Por outro lado, esse sistema apresenta algumas desvantagens, tais como:

• A lenta taxa de crescimento dos peixes;

• Necessidade de mais mão de obra para fazer captura dos peixes;

• Maior dificuldade de fazer a separação das espécies, em lotes uniformes; 

• Recomenda-se que 50% do povoamento seja de peixes de uma espécie principal.

No sistema extensivo de cultivo, a densidade de estocagem é baixa, variando de um a dois mil peixes por hectare, com um ganho de 300 a 700 kg por hectare por colheita. Isso implica em baixas produtividades em relação a cada metro quadrado de área utilizada, ficando em torno de dois a três mil quilos por hectare de área alagada por ano.


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Por: Thiago de Faria

Thiago de Faria Ribeiro 02-05-2024

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