Reprodução de tilápias. Entenda aqui!

A tilápia se reproduz de duas formas: pela desova natural, quando o peixe se reproduz sozinho, e pela reprodução natural, quando ocorre com o acasalamento entre machos e fêmeas

A reprodução da tilápia apresenta pontos que demandam atenção cuidadosa dos piscicultores. Desde a temperatura ideal da água até o manejo adequado das larvas, cada etapa é determinante para o sucesso da produção de alevinos.

"A tilápia se reproduz de duas formas: pela desova natural, quando o peixe se reproduz sozinho, e pela reprodução natural, quando ocorre com o acasalamento entre machos e fêmeas. Isso acontece principalmente em climas quentes e durante boa parte do ano", explica Manoel Braz, professor do Curso CPT Produção de Alevinos.

Ao considerar fatores como a temperatura da água, o amadurecimento sexual, a proporção de matrizes por macho e o manejo das larvas, os produtores podem maximizar a eficiência da reprodução da tilápia.

- O que saber quanto a temperatura da água

Quando a água fica entre 23°C e 28°C, uma tilápia fêmea pode ter até oito ciclos de reprodução em um ano. Cada ciclo leva cerca de 21 a 24 dias.

- O que saber quanto ao amadurecimento sexual

A tilápia amadurece sexualmente entre três e quatro meses de idade, mas é melhor esperar até que ela tenha pelo menos oito meses para usá-la como matriz para a produção de alevinos. Nesse ponto, ela pode colocar cerca de 1.000 ovos em cada desova.

- O que saber quanto ao número de matrizes por macho

Quando acasaladas, duas fêmeas são recomendadas para cada macho, mantendo um peixe para cada dois metros quadrados do viveiro alagado. Você pode distinguir machos de fêmeas pela região ventral. Machos têm dois orifícios e fêmeas têm três. Os machos constroem ninhos no fundo do viveiro, que são círculos com cerca de 30 a 70 cm de diâmetro.

O acasalamento acontece nesses ninhos. A fêmea deposita ovos e o macho libera sêmen para fertilizá-los. Depois da fertilização, a fêmea pega os ovos e os mantém na boca por três a seis dias. Isso é uma forma natural de incubação. Os ovos se desenvolvem na boca da fêmea até eclodirem em larvas.

- O que saber sobre as larvas

Quando nascem, as larvas saem da boca da fêmea e começam a nadar no viveiro. Elas se alimentam das reservas em seus sacos vitelínicos por três a quatro dias antes de começarem a comer plâncton.

É importante coletar as larvas todos os dias. Isso é feito passando uma tela fina de náilon pelo viveiro. Duas pessoas podem fazer isso juntas, chamando de "coleta de nuvem". As larvas são colocadas em sacolas plásticas com água do viveiro. Elas precisam ser separadas por tamanho em um classificador, que tem duas partes: uma com uma tela maior (4 mm) e outra com uma tela mais fina (2 mm).

As maiores larvas passam pela tela maior e são transferidas para o viveiro de larvicultura. As que ficam presas no compartimento interno são descartadas. As larvas de tilápia crescem rapidamente no início. Classificá-las por tamanho ajuda a ter alevinos mais uniformes. As maiores são mais antigas, então as que ficam retidas precisam ser descartadas.

Embora o descarte pareça um desperdício, o método de coleta em nuvem é econômico. Não precisa de incubadoras artificiais e exige menos controle da qualidade da água, o que seria necessário em reprodução artificial em laboratório. Por outro lado, é preciso ter mais viveiros para as larvas transferidas.

No viveiro onde as larvas foram transferidas, elas começam a receber uma ração preparada para o processo de reversão sexual. Isso envolve adicionar hormônios para mudar o sexo das larvas.

Ao investir na capacitação oferecida pelo Curso CPT Produção de Alevinos, os piscicultores estarão equipados com as ferramentas necessárias para otimizar a reprodução da tilápia e, consequentemente, para gerar renda de forma mais consistente e sustentável. O conhecimento adquirido contribuirá para a eficiência operacional, minimizando riscos e garantindo um manejo mais eficaz da piscicultura.

Quer saber mais sobre o Curso? Dê Play no vídeo abaixo:

Conheça os Cursos CPT da área Piscicultura.