Pescou e não comeu? Congele!

O pescado é altamente perecível, e a sua deterioração começa imediatamente após ser retirado da água

Quando se trata de lidar com alimentos, especialmente o pescado, é essencial adotar precauções extras para garantir a qualidade do produto. O pescado é altamente perecível, e a sua deterioração começa imediatamente após ser retirado da água.

Embora os processos naturais de deterioração aconteçam inevitavelmente, a velocidade com que ocorrem pode ser significativamente reduzida com a adoção das práticas adequadas de manipulação.

"Para melhorar a qualidade do pescado, algumas práticas de manipulação recomendadas incluem a evisceração, lavagem, sanitização, resfriamento e armazenamento sob refrigeração", destaca a Dra. Elisabete Maria Macedo Viegas, professora do Curso CPT Técnicas de Processamento de Peixes.

A eficácia das medidas sanitárias depende do treinamento e da conscientização de todas as pessoas envolvidas nas operações de pesca, garantindo que as normas estabelecidas sejam cumpridas para melhorar a qualidade e a segurança sanitária dos produtos.

A qualidade do pescado também é influenciada pelos métodos de captura. Se os peixes são capturados de maneira que lutem contra as redes de pesca ou morram em agonia a bordo, eles esgotam suas reservas de energia (glicogênio) mais rapidamente, acelerando a deterioração. Portanto, quanto mais glicogênio estiver armazenado, mais longa será a vida útil do produto. O método de abate por hipotermia é o mais simples e amplamente utilizado.

Além disso, vários fatores podem acelerar as reações bioquímicas e bacterianas no pescado, intensificando o processo de deterioração. As práticas sanitárias são essenciais para evitar a contaminação dos alimentos, desde o ambiente de captura até o processamento e armazenamento do pescado.

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Por Silvana Teixeira.